Pesquisas eleitorais apontam Giorgia Meloni, líder de partido conservador, como favorita para conquistar o poder
Redação Publicado em 23/09/2022, às 13h22
As eleições legislativas na Itália estão marcadas para acabar no próximo domingo, 25, e os líderes da aliança de direita do país, considerados os favoritos para assumir o poder segundo as pesquisas, prepararam um grande comício em Roma nessa última quinta-feira, 22.
O evento finalizou a campanha que pode dar o poder para uma antiga admiradora de Benito Mussolini. Conforme divulgado no UOL, o nome da simpatizante pelo antigo líder do Partido Nacional Fascista é Giorgia Meloni. A italiana está próxima de se tornar a primeira chefe de Governo pós-fascista a comandar um país fundador da União Europeia (UE).
Meloni fundou o partido conservador Fratelli d' Italia (Irmãos da Itália em tradução livre), e formou recentemente uma coalizão com o partido conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.
Além disso, a política também uniu forças com a Liga anti-imigração do ex-vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, que é cético em relação ao bloco da União Europeia, além de possuir posicionamentos pouco favoráveis ao resgate humanitário de migrantes no Mediterrâneo.
A líder do Fratelli d' Italia realizou um discurso aos seus apoiadores, afirmando estar pronta para assumir o poder e que o seu objetivo é defender o "interesse nacional" do país.
Queremos uma Itália forte, séria e respeitada no cenário internacional", declarou Meloni.
Em 2018, o seu grupo político conquistou apenas 4% dos votos nas eleições, porém, segundo os dados divulgados no último domingo, 18, o partido de extrema-direita alcançou a marca de 25% das intenções de voto para as eleições.
O lema da italiana é: "Deus, país e família, num Estado laico". Seguindo essa linha, ela construiu a imagem da campanha girando em torno das críticas à imigração descontrolada, segurança pública e à islamização da Itália.
Meloni possuí características conservadoras e afirma não ser contra o aborto, embora o acesso ao procedimento tenha sido dificultado por ações de seu partido no passado. Os outros grupos políticos acusam a candidata de querer reprimir os direitos de minorias, usando a comunidade LGBT+ como exemplo.
A italiana também informou ser contra os ataques da Rússia na Ucrânia. Sair da Europa não está nos planos da provável primeira-ministra, porém, ela acredita em uma modificação do continente. "Queremos menos Europa, mas uma Europa menor". Ao lado do também conservador Viktor Orban, da Hungria, ela busca dar mais valor aos países do sul e do leste.
Ao que tudo indica, Giorgia Meloni deve vencer as eleições legislativas no próximo domingo, 25. Caso a vitória se concretize, os observadores internacionais informaram que o partido pode ser conceituado como um partido pós-fascista, termo que a italiana recusa, uma vez que ela criticar publicamente a ideia de agressões à democracia.
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