Segundo novo estudo de DNA com mais de 3 mil japoneses, população do país se originou de três grupos ancestrais, dos quais um é desconhecido; entenda!
Éric Moreira Publicado em 18/04/2024, às 11h48
Um novo estudo de DNA desenvolvido no Japão, a partir de dados coletados de 3.200 japoneses de sete regiões do país — desde as montanhas nevadas de Hokkaido, ao norte, até a costa subtropical de Okinawa, ao sul — aponta que a população atual do país se originou, principalmente, de três grupos ancestrais, incluindo um ainda desconhecido.
Além das origens, a investigação também apontou laços genéticos com nossos parentes extintos mais próximos, os neandertais e os denisovanos, e como alguns destes genes podem se relacionar a uma série de doenças. O artigo foi publicado na última quarta-feira, 17, na revista Science Advances.
Conforme repercute o Live Science, a equipe descobriu que os principais grupos ancestrais que originaram os japoneses modernos eram: os caçadores-coletores Neolíticos Jomon; um grupo que teria precedido também os chineses Han; e um outro grupo ainda não identificado, relacionado ao nordeste asiático. Com isso, é contestada a hipótese de que o povo japonês era originário dos Jomon e de migrantes Yayoi, produtores de arroz da Ásia continental.
Além disso, a análise também revelou 42 pedaços de DNA herdados dos neandertais, e outros dois dos denisovanos. Essas heranças genéticas provavelmente se resultaram de cruzamentos ainda anteriores entre estes grupos hominídeos ancestrais e os primeiros homo sapiens.
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Outro fator destacado no estudo, além das origens, são as possíveis doenças relacionadas a estes povos antigos. É descrito, por exemplo, que o DNA derivado dos denisovanos pode estar associado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, além do gene POLR3E, ligado à altura.
Além disso, DNA dos neandertais é associado a sete doenças, incluindo doença arterial coronariana, câncer de próstata e artrite reumatóide. Ainda assim, a maioria dos 44 pedaços de DNA antigo são de origem dos asiáticos orientais.
"Este conjunto abrangente de dados genéticos permite-nos mergulhar em territórios desconhecidos no que diz respeito à população e à genética médica da população japonesa", escreveram os autores no artigo.
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