Imperador responsável por milhões de mortes tem uma lenda que acompanha seu descanso final
Redação Publicado em 23/06/2022, às 20h50
O sangrento imperador mongol Tamerlão chama atenção de entusiastas da história até os dias atuais devido a sua atuação relacionada ao império fundado pelo lendário Genghis Khan, o inspirando para criar suas próprias diretrizes, igualmente marcadas pela tensão e cenas aterrorizantes.
Também conhecido como Timur, ele atuava como ministro de Transoxiana e, pouco depois, derrubou o governante local e ainda tomou diversas cidades ao redor, chegando a invadir a Pérsia, Mongólia e outras regiões onde hoje se divide a Rússia, Irã, Índia e Afeganistão, como revelou o professor de história Vitor Soares.
Acumulando mais de 25 mil seguidores em suas redes sociais, Vitor apresenta o podcast Desventuras na História, promovido pelo portal do Aventuras na História, disponível nas principais plataformas de streaming de áudio.
Vítor Soares explicou que, tamanha era a crueldade do imperador, ele é atribuído como responsável pela morte de aproximadamente 17 milhões de pessoas durante sua vida, seja ordenando os óbitos quanto causando os assassinatos.
Contudo, se engana quem acredita que o medo relacionado ao imperador se encerrou quando Tamerlão faleceu, em 1405. Isso porque uma lenda foi atribuída ao seu descanso final.
Conforme desejo manifestado em vida, Tamerlão fez questão de deixar claro, em sua lápide, que os traidores e rivais não deveriam se felicitar com a notícia de sua morte; do contrário, deveriam respeitar o descanso eterno do imperador, desafiando quem ousasse enfrentar sua profecia.
Na inscrição, o imperador fez questão de enaltecer sua força como conquistador de territórios, explicou Vitor: “Quando ele faleceu, ele escreveu na sua tumba o seguinte: "Quem abrir minha tumba libertará um invasor mais terrível do que eu".
Até mesmo Stalin fora envolvido na lenda do imperador; apetecido pela história após encontrar a localização do corpo de Tamerlão através de arqueólogos, decidiu desafiar as escrituras e ordenar a abertura da tumba onde o imperador estava sepultado.
"No dia 20 de junho de 1941, Stalin mandou um grupo de arqueólogos para abrir a tumba e, dois dias depois, os nazistas invadiram a União Soviética", explicou Soares, em referência a Operação Barbarossa. Contudo, no ano seguinte, uma outra ordem de Stalin foi expedida para reverter a suposta maldição, como revela o historiador em vídeo.
Confira a história no vídeo abaixo!
Vermelho é muito mais simbólico para o Brasil do que o verde-amarelo
Outro ponto de vista: a Cruzada na visão dos árabes
A curiosa história por trás da música '99 Red Balloons'
Como a ascensão da IA se compara ao movimento ludista do século 20?
Janet Parker: A última vítima da varíola do mundo
Shūdō: a homossexualidade no Japão Feudal