Bombardeio surpresa de Israel contra o Irã, na última sexta-feira, 13, desencadeou uma escalada de confrontos entre os dois países; entenda!
Redação Publicado em 16/06/2025, às 10h00
Na última sexta-feira,13, Israel lançou um ataque surpresa contra mais de cem alvos estratégicos em território iraniano. A ofensiva atingiu instalações nucleares, centros de lançamento de mísseis, bases militares e centros de pesquisa.
Imagens de satélite mostraram danos em partes do complexo nuclear de Natanz, o principal do país, embora a planta de enriquecimento de combustível não tenha sido afetada. Um centro de pesquisa nuclear em Isfahan também foi bombardeado.
Segundo o The Guardian, entre os mortos estão figuras de alto escalão das forças armadas iranianas, como o chefe do Estado-Maior, major-general Mohammad Bagheri, e o comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, general Hossein Salami. Pelo menos seis cientistas nucleares também teriam sido mortos.
Os ataques conduzidos por Tel Aviv continuaram no fim de semana e se intensificaram nesta segunda-feira, 16. Segundo as Forças de Defesa israelenses (IDF), mais de 80 alvos foram atingidos apenas em Teerã desde sábado, incluindo a sede do Ministério da Defesa e lançadores de mísseis usados nos bombardeios anteriores.
O exército afirma ter obtido controle do espaço aéreo sobre a capital iraniana. Já o Ministério do Petróleo relatou a destruição de dois depósitos de combustível, enquanto a pasta da Saúde denuncia o bombardeio de áreas residenciais e contabiliza ao menos 224 mortes desde sexta-feira. Em retaliação, Teerã lançou sucessivas ondas de mísseis contra o território adversário.
Desde o início da ofensiva, ao menos 14 pessoas morreram e cerca de 390 ficaram feridas. No sábado, quatro mulheres morreram após a destruição de um prédio em Tamra, e outras seis pessoas perderam a vida em Bat Yam, nos arredores de Tel Aviv, onde mais de 180 ficaram feridas. Nesta segunda, novos mísseis atingiram Tel Aviv e Haifa, provocando incêndios em uma usina elétrica, informou a Associated Press.
O Irã alertou os Estados Unidos, Reino Unido e França de que suas bases militares e embarcações seriam alvos caso tentassem bloquear os ataques iranianos. Em resposta, o governo britânico deslocou caças e equipamentos para a região, e o premiê Keir Starmer não descartou o apoio militar a Israel.
Autoridades americanas confirmaram que um destróier da Marinha do país e sistemas de defesa em solo ajudaram Israel a interceptar mísseis na sexta-feira. Inicialmente, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que o ataque israelense foi unilateral e que Washington não participou diretamente.
No entanto, o presidente Donald Trump declarou que estava ciente da ofensiva e disse, durante a cúpula do G7 no Canadá, que os Estados Unidos atuam nos bastidores em busca de um acordo. Segundo a agência Reuters, Trump teria vetado, dias antes, um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o ataque visava impedir um programa secreto iraniano de desenvolvimento de armas nucleares, alegando que Teerã já teria capacidade técnica para fabricar nove ogivas.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) havia declarado, na véspera do ataque, que o Irã violou o Tratado de Não Proliferação Nuclear ao não cooperar com inspeções e acumular cerca de 400 kg de urânio altamente enriquecido, informou o The Guardian. Apesar disso, os serviços de inteligência ocidentais ainda avaliavam que o país não havia tomado a decisão final de produzir uma bomba.
Em resposta, o líder supremo do Irã prometeu punição severa e acusou Israel de bombardear deliberadamente áreas civis. As negociações nucleares entre Teerã e Washington, previstas para domingo, foram canceladas. Segundo relatos, o Irã informou aos mediadores Catar e Omã que não aceitará discutir um cessar-fogo enquanto os ataques israelenses continuarem.
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