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Notícias / Crime ambiental

Adolescentes belgas são acusados no Quênia por tráfico de formigas

Segundo as autoridades quenianas, o caso faz parte de uma nova tendência no tráfico ilegal de espécies menores e pouco conhecidas

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 16/04/2025, às 16h50

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Formigas traficadas em tubo de ensaio - Divulgação/Serviço da Vida Selvagem do Quênia (KWS)
Formigas traficadas em tubo de ensaio - Divulgação/Serviço da Vida Selvagem do Quênia (KWS)

Dois adolescentes belgas de 19 anos foram formalmente acusados nesta terça-feira, 15 por pirataria de vida selvagem no Quênia, após serem encontrados com cerca de 5.000 formigas embaladas em mais de 2.200 tubos de ensaio. 

Lornoy David e Seppe Lodewijckx foram detidos no início do mês em uma casa de hóspedes no condado de Nakuru. Segundo as autoridades quenianas, o caso faz parte de uma nova tendência no tráfico ilegal de espécies menores e pouco conhecidas.

Acusação

Durante a audiência em Nairóbi, os jovens afirmaram que coletavam formigaspor diversão e alegaram não saber que a prática era ilegal. Eles pareciam visivelmente abalados e foram consolados por familiares presentes no tribunal.

Em um processo separado, um cidadão queniano e outro vietnamita também foram acusados pelo mesmo crime, após serem flagrados com 400 formigas em Nairóbi. As autoridades identificaram entre os insetos a espécie Mesor cephalotes, uma formiga colhedora vermelha e de grande porte, nativa da África Oriental.

O Serviço de Vida Selvagem do Quênia (KWS) afirmou ao NY Post que os quatro homens atuavam no envio ilegal das formigas para mercados na Europa e Ásia. A prática, segundo o órgão, ameaça a biodiversidade do país e impede que comunidades locais e instituições de pesquisa colham benefícios ecológicos e econômicos desses recursos naturais.

Casos como esse ilustram uma mudança nas rotas do tráfico de animais silvestres, que tradicionalmente envolviam grandes mamíferos, como elefantes e rinocerontes, mas agora se expandem para espécies menores, porém ecologicamente cruciais.

A carga apreendida foi avaliada em cerca de 1 milhão de xelins quenianos (aproximadamente US$ 7.700 ou R$ 45.430). Especialistas alertam que o transporte ilegal dessas espécies pode representar riscos ambientais e sanitários para os países importadores.

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