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Notícias / Mianmar

Astrólogo é preso em Mianmar após previsão de terremoto devastador causar pânico

Vídeo publicado no dia 9 de abril dizia que um terremoto de grande magnitude atingiria todas as cidades do país dentro de 12 dias — o que não aconteceu

por Giovanna Gomes
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Publicado em 25/04/2025, às 15h36

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Astrólogo foi preso após previsão de terremoto causar pânico - Divulgação
Astrólogo foi preso após previsão de terremoto causar pânico - Divulgação

As autoridades policiais de Mianmar prenderam, na última terça-feira, 22, o jovem astrólogoJohn Moe The, de 21 anos, na cidade de Monywa, após ele prever publicamente um terremoto "devastador" que nunca ocorreu, o que acabou gerando pânico entre a população. A informação foi divulgada pela mídia estatal.

Famoso no TikTok, onde acumula mais de 300 mil seguidores, Moe The publicou um vídeo no dia 9 de abril afirmando que um terremoto de grande magnitude atingiria todas as cidades do país no prazo de 12 dias — ou seja, no dia 21.

De acordo com o portal Extra, o vídeo, que somou mais de 3,3 milhões de visualizações, pedia que as pessoas evitassem prédios altos e levassem pertences importantes ao fugir durante o suposto tremor.

Apesar de a previsão não ter se concretizado, muitos moradores teriam levado o alerta a sério. Em Yangon, por exemplo, diversos residentes passaram a noite fora de suas casas, por medo de um colapso. "A maioria dos meus vizinhos não ousou ficar nos seus apartamentos e dormiu na rua naquele dia", contou à AFP Nan Nan, de 35 anos. "Uma amiga até alugou uma pequena casa nos arredores de Yangon para se preparar."

Investigação

Em comunicado, a agência estatal de notícias de Mianmar informou que foi aberta uma investigação após denúncias sobre a disseminação de "notícias falsas" por meio de redes sociais. "Serão tomadas medidas efetivas contra ele, de acordo com a lei. Da mesma forma, também tomaremos medidas efetivas contra aqueles que escreverem, espalharem ou compartilharem informações falsas", declarou a nota oficial.

A prisão ocorre poucas semanas depois de um terremoto real, que atingiu a região central do país e deixou cerca de 3.700 mortos. Segundo a ONU, aproximadamente 60 mil pessoas continuam vivendo em abrigos improvisados, temendo novos tremores.

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