Christian Brueckner, de 47 anos, atualmente cumpre uma pena de sete anos de prisão por estupro, e foi julgado por insultar agentes penitenciários
Christian Brueckner, principal suspeito pelo desaparecimento de Madeleine McCann, foi visto esboçando um sorriso ao deixar um tribunal na Alemanha nesta quinta-feira, 15. O gesto chamou atenção, já que ele era questionado por jornalistas sobre seu possível envolvimento no sequestro e assassinato da menina britânica de três anos.
Brueckner, de 47 anos, foi julgado na cidade de Lehrte por insultar agentes penitenciários. Atualmente, ele cumpre uma pena de sete anos de prisão por estupro.
Durante uma audiência sobre sua situação carcerária, ele teria chamado os funcionários da prisão de “motivo de chacota” e mandado um guarda “calar a boca”. Na Alemanha, insultar servidores públicos é considerado crime.
Em sua defesa, Brueckner alegou estar sendo “torturado” e tratado de forma “desumana”, durante a reunião ocorrida em março de 2024, na qual se discutia sua permanência em confinamento solitário.
Um dos guardas relatou que ele estava “furioso”, mas Brueckner posteriormente pediu desculpas em uma carta, alegando ter "acordado com o pé esquerdo". O tribunal o condenou a liberdade condicional, com duração ainda indefinida, além do pagamento das custas judiciais. Caso volte a cometer outro delito nesse período, ele poderá retornar à prisão por até um mês — apesar de promotores terem esperado uma pena mais severa.
Enquanto era escoltado por policiais até uma van da prisão, repórteres o questionaram diretamente: "Você participou do desaparecimento de Madeleine McCann?" e "Você matou a menina?". Brueckner não respondeu, mas seguiu com um leve sorriso no rosto, repercute o Daily Mail.
Apesar de já ter sido oficialmente apontado como suspeito pelas autoridades alemãs, ele ainda não foi formalmente acusado no caso McCann. A investigação continua ativa e ganhou novo fôlego com revelações recentes de um documentário exibido pelo Canal 4 e com evidências encontradas em uma antiga fábrica na Alemanha.
No local, que funcionava como uma fábrica de caixas, foram descobertos materiais perturbadores: documentos com conteúdo depravado, roupas infantis, bicicletas pequenas, mais de 75 trajes de banho e brinquedos, supostamente pertencentes a meninas. Parte desses objetos teria sido enterrada sob o corpo do cachorro de Brueckner, encontrado morto e exumado pela polícia durante as buscas.
Com a libertação de Brueckner prevista para setembro deste ano, cresce a pressão sobre os promotores alemães para apresentarem uma acusação formal. “O tempo está contra o caso, e os investigadores não querem vê-lo em liberdade”, disse uma fonte interna e anônima ao jornal The Sun.
A mesma fonte destacou que a polícia britânica pode ter um papel decisivo nesta fase, mas alertou que há um enorme volume de informações a ser processado. “São mais de 20 mil páginas de provas sobre Madeleine, e os alemães estão preparados para traduzir tudo.”
Até o momento, Brueckner continua negando qualquer envolvimento no desaparecimento da menina, ocorrido em 2007, no sul de Portugal.