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Notícias / Madeleine McCann

Madeleine McCann: Investigações sobre o desaparecimento sofrem corte de orçamento

Operação é atualmente composta por três policiais e um funcionário civil, todos atuando em regime parcial; redução ocorreu mesmo após novo depoimento

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 17/04/2025, às 17h30

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Madeleine McCann - Getty Images
Madeleine McCann - Getty Images

O orçamento da Operação Grange, força-tarefa da Polícia Metropolitana de Londres criada para investigar o desaparecimento de Madeleine McCann, sofreu novo corte.

O Ministério do Interior britânico aprovou £ 108 mil (R$ 831 mil) para o ano fiscal de 2025-2026 — uma redução de £ 84 mil (R$ 647 mil) em relação ao valor destinado no ano anterior.

O caso

Madeleinedesapareceu em 3 de maio de 2007, aos três anos, durante férias com a família no resort da Praia da Luz, no Algarve, sul de Portugal. No mês que vem, completam-se 18 anos do desaparecimento e, embora investigações tenham se intensificado nos últimos anos, nenhum avanço concreto foi alcançado.

Em 2020, o alemão Christian Brueckner foi apontado por promotores alemães como o principal suspeito. No entanto, ele nunca foi formalmente acusado em relação ao caso. 

Atualmente, Brueckner cumpre pena de sete anos por outro crime — o estupro de uma mulher americana no Algarve — e deve ser libertado ainda este ano. Um recurso sobre a sua absolvição em outro processo continua pendente.

O valor total investido pela Operação Grange até agora ultrapassa £ 13,5 milhões (R$ 104 milhões), o que tem levantado questionamentos sobre a viabilidade da continuidade da força-tarefa diante da ausência de prisões ou acusações relacionadas ao caso. A operação é atualmente composta por três policiais e um funcionário civil, todos atuando em regime parcial, relata o Daily Mail.

Corte

A redução do orçamento ocorreu mesmo após novo depoimento sobre o caso vir à tona no ano passado. Em julgamento na Alemanha, o detetive Mark Draycott relatou que uma pista relevante surgiu em 2017, quando recebeu uma ligação de Helge Busching, um contrabandista de pessoas condenado, que teria ligado para uma linha direta afirmando possuir informações sobre o suspeito Brueckner.

Segundo Draycott, a colaboração com Busching levou a novas investigações em parceria com autoridades alemãs e portuguesas, incluindo uma viagem oficial da polícia britânica a Atenas. 

Busching teria dito, entre outras coisas, que Brueckner comentou ser “estranho que Madeleine não tivesse gritado” ao ser levada — frase que foi inicialmente tratada como evidência relevante, mas depois questionada em julgamento.

O detetive negou que qualquer promessa ou pagamento relevante tenha sido feito ao informante, mencionando apenas o reembolso de despesas básicas, como €35 (R$ 247) para uma viagem de pesca a Atenas, além da reserva de hospedagem modesta.

O Ministério do Interior britânico declarou que a decisão sobre o financiamento da operação segue os trâmites de Subsídios Especiais e que o orçamento é revisado anualmente. Questionado recentemente no Parlamento, o governo respondeu ao jornal Daily Mail que os detalhes do caso são de responsabilidade operacional da Polícia Metropolitana.

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