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Matérias / Os Simpsons

Em 1992, Os Simpsons fizeram esta piada em um episódio — e precisaram bani-la para sempre

Fala usada no episódio 'Marge arranja um emprego' causou tanta revolta que precisou ser alterada — essa foi a primeira e única vez que isso aconteceu

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 04/06/2025, às 18h30 - Atualizado em 07/06/2025, às 10h37

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Cena do episódio Marge arranja um emprego - Divulgação
Cena do episódio Marge arranja um emprego - Divulgação

Os debates acerca dos limites do humor, de tempos em tempos, reacendem discussões que vão muito além da internet. Afinal, é possível fazer piada sobre qualquer tipo de situação sem se importar com suas consequências? E quando uma 'brincadeira' afeta um determinado grupo, o que fazer em relação a isso? 

Essa mesma discussão já aconteceu em 1992, após a exibição de um episódio de Os Simpsons. Embora a família amarela não faça parte da turma dos politicamente corretos — fazendo graça com figuras de importância global e até mesmo com a própria Fox —, uma polêmica em um episódio da quarta temporada fez com que seus criadores voltassem atrás. E essa foi a primeira e única vez que isso aconteceu!

Marge arranja um emprego

Em novembro de 1992, foi ao ar o sétimo episódio da quarta temporada de Os Simpsons, intitulado Marge Gets a Job (Marge arranja um emprego, na versão traduzida). Nele, a matriarca da família amarela teve que procurar um emprego para poder pagar uma reforma cara em sua casa.

Cena do episódio Marge arranja um emprego - Divulgação

Assim, ela acaba sendo contratada para trabalhar da usina nuclear do Senhor Burns; que acaba se sentindo atraído por ela e passa a cortejá-la. Incomodada, Marge acaba pedindo demissão. O episódio ainda conta com a participação especial do cantor Tom Jones, que interpreta a si mesmo. Mas é outro acontecimento do episódio que gerou tal repercussão.

A fala polêmica

No mesmo episódio, Bart Simpson passa a matar aula constantemente. Afinal, como Marge estava ocupada com seu novo trabalho, ele passou a ficar sob os cuidados do Vovô Simpson; para quem ele mente estar doente, se aproveitando da fábula do "O Pastor Mentiroso e o Lobo". 

Mas a professora Edna Krabappel se irrita com a situação e força Bart a fazer a prova. Ainda assim, o menino a ignora, gritando que está sendo atacado por um lobo de verdade que havia escapado há pouco do show do palhaço Krusty. 

Bart, para evitar essa prova, você teve varíola, escarlatina e até um surto de síndrome de Tourette", desabafa Edna. 

Apesar da fala parecer dentro dos padrões realizadas em Os Simpsons, os roteiristas foram forçados a mudá-la a parte de "um surto de síndrome de Tourette" para "aquele lamentável ataque de raiva". No livro Springfield Confidential, Mike Reiss e Mathew Klickstein explicaram o ocorrido: 

Os censores não viram problema algum nisso, mas isso incomodou milhares e milhares de espectadores. Nenhuma piada recebeu mais reclamações. Antes da reprise do episódio, removemos a síndrome de Tourette e adicionamos a raiva. Foi a única vez que mudamos uma fala devido à demanda popular. Raiva também é uma coisa terrível, mas se você quiser acariciar um cachorro espumando…".

Com isso, na segunda vez que o episódio foi exibido, a mesma versão que podemos assistir pelo Disney+, Bart não finge mais estar tendo síndrome de Tourette, mas sim um ataque de raiva. 

Um dos reclamantes, um menino que tinha apenas 13 anos na época, pediu para que o episódio não se repetisse e sugeriu que Bart pudesse se tornar amigo de alguém que sofria com a síndrome de Tourette, se desculpando ao fim da história com todos que sofrem com o diagnóstico. 

Mas, no fim, a equipe acabou só editando a cena. Eles ainda enviaram ao garoto uma carta com um pedido formal de desculpas, assassinada por Mike Reis, produtor e roteirista da série animada: "Sentimos que cometemos um erro desta vez. Nos sentimos mal por isso", dizia a mensagem.

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