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Notícias / Serial killer

Após três anos presos no lugar de 'serial killer de Maceió', irmãos podem ser inocentados

Três irmãos da periferia de Maceió podem ser absolvidos em cinco processos de assassinato, após verdadeiro autor confessar crime

Redação Publicado em 26/02/2025, às 14h44

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Imagem ilustrativa - Imagem de Marcello Rabozzi por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Marcello Rabozzi por Pixabay

Após passarem três anos presos injustamente, três irmãos da periferia de Maceió podem ser absolvidos em cinco processos de assassinato. O advogado de defesa do trio entrou com um pedido de absolvição após reunir provas de que os crimes foram cometidos pelo ex-agente penitenciário Albino Santos de Lima, conhecido como o "serial killer de Maceió", que confessou os homicídios.

Em entrevista ao GLOBO, o advogado Arnon de Mello explicou que os irmãos foram presos preventivamente em 2021 sob suspeita de participação em oito assassinatos, resultando em cinco denúncias do Ministério Público de Alagoas. Nos outros três casos, foram inocentados por falta de provas. O caso, que ganhou repercussão nacional, ficou conhecido como "Caso dos irmãos Antônio", já que todos compartilham o mesmo prenome.

"Eles foram presos porque eram pobres, negros, periféricos e tidos como supostos traficantes onde ocorreram os crimes. Na época, a polícia disse que eles teriam praticado todos os homicídios por conta do tráfico. Mas isso nunca se comprovou. Todas as provas foram baseadas em denúncias anônimas, testemunhas de 'ouvir dizer'", afirmou o advogado.

A última vítima confessada por Albino foi Genilda Maria da Conceição, de 75 anos, assassinada em 2019 na frente do neto de 10 anos, na Chã da Jaqueira, em Maceió. Com essa confissão, o número de assassinatos atribuídos ao serial killer chegou a 18.

Após a morte de Genilda, Antônio Guilherme dos Santos e seus irmãos foram presos e associados a outros crimes. Na época, o neto da vítima reconheceu Antônio como autor dos disparos por meio de uma videochamada, durante um reconhecimento fotográfico.

Inocência provada

Arnon de Mello conseguiu provar a inocência dos irmãos ao cruzar laudos da polícia sobre a arma encontrada com Albino e registros telefônicos que indicavam a presença do verdadeiro assassino nos locais dos crimes.

Diante dessas evidências e da confissão de Albino, os irmãos foram soltos. Agora, a defesa pede a absolvição completa do trio, sustentando que há provas suficientes de que os crimes foram erroneamente atribuídos a eles.

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