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Notícias / Espaço

Astrônomos 'ouvem' a música de estrela próxima e revelam segredos

Estudo com estrela HD 219134, a 21 anos-luz da Terra, abre novas portas para entender envelhecimento estelar e mundos parecidos com o nosso

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 08/05/2025, às 13h44

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Conceito artístico do sistema HD 219134 - Reprodução/Instituto de Astrofísica de Canarias
Conceito artístico do sistema HD 219134 - Reprodução/Instituto de Astrofísica de Canarias

Astrônomos do Observatório Keck, nos Estados Unidos, anunciaram um feito impressionante: pela primeira vez, conseguiram captar as sutis vibrações da estrela HD 219134, localizada a apenas 21 anos-luz da Terra, por meio do instrumento Keck Planet Finder (KPF), revelando o que eles chamam de sua "canção única".

O estudo, publicado nesta semana no The Astrophysical Journal, marca um avanço para a asterossismologia, o campo que estuda oscilações estelares para entender o interior das estrelas, da mesma forma que os terremotos ajudam a revelar detalhes do interior da Terra.

Essas vibrações são como a música da estrela. Ao ouvir essas oscilações, podemos determinar a massa, o tamanho e a idade com grande precisão", explicou Yaguang Li, principal autor da pesquisa.

Graças a mais de 2.000 medições feitas em quatro noites consecutivas, os cientistas descobriram que HD 219134 tem 10,2 bilhões de anos (mais que o dobro da idade do nosso Sol) e, surpreendentemente, um raio 4% menor do que se pensava. Essas descobertas não só desafiam modelos atuais de estrelas frias, mas também ajudam a recalibrar o entendimento de como as estrelas envelhecem, especialmente quando sua rotação desacelera com o passar dos bilhões de anos.

Apenas o começo

Segundo a 'Revista Galileu', como a estrela hospeda pelo menos cinco planetas, incluindo dois mundos rochosos superdimensionados, as medições atualizadas permitem refinar os cálculos sobre o tamanho e a densidade desses exoplanetas, confirmando que eles provavelmente têm composições semelhantes às da Terra.

Segundo os cientistas, este é apenas o começo. Com o KPF, será possível explorar novas estrelas antes consideradas inacessíveis, dando mais detalhes sobre a evolução estelar e abrindo portas para identificar mundos que, quem sabe, possam abrigar vida.

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