Autoridades portuguesas solicitaram uma investigação envolvendo um britânico e sua esposa alemã que poderiam estar ligados ao desaparecimento da menina
Autoridades portuguesas solicitaram uma investigação envolvendo um britânico e sua esposa alemã, após a irmã do homem, residente no Reino Unido, levantar a suspeita de que ele escondia um segredo relacionado ao desaparecimento de Madeleine McCann. Segundo ela, a menina poderia ter sido atropelada por ele, que estaria possivelmente embriagado.
Na época da denúncia, as autoridades alemãs teriam recusado um pedido para infiltrar um policial disfarçado, que teria como objetivo se aproximar da mulher suspeita e tentar obter uma confissão. A proposta buscava confirmar a hipótese de que ela dirigia embriagada o carro que atropelou Madeleine, conforme noticiado pelo jornal português Correio da Manhã.
Ainda de acordo com o jornal, o britânico suspeito, cuja identidade não foi revelada, teria morrido. Não há informações se sua esposa alemã ainda está viva.
A denúncia feita pela irmã do britânico gerou uma nova linha de investigação sobre o desaparecimento da garotinha inglesa em 3 de maio de 2007, em Portugal, e chamou a atenção da polícia britânica em 2018.
"Promotores alemães foram solicitados a autorizar uma operação policial secreta com alguém se passando por amigo da mulher e tentando fazê-la confessar, mas os tribunais recusaram. Foi decidido prosseguir exclusivamente com a investigação do suspeito Christian Brueckner, rejeitando outras possibilidades", relatou o Correio da Manhã.
Segundo o portal Extra, a denunciante, identificada apenas como a irmã do britânico falecido, afirmou que ele era alcoólatra e, desde o dia do desaparecimento da menina, demonstrava carregar um "segredo doloroso". Ao compartilhar informações com a polícia britânica, uma coincidência chamou a atenção: em 4 de maio de 2007, um dia após o sumiço de Madeleine, uma mulher relatou à polícia ter ouvido uma discussão entre vizinhos.
O casal em questão foi descrito como "alcoólatras que viviam perto do Ocean Club", o resort onde a menina estava hospedada com a família. Uma segunda testemunha, também vizinha, disse ter ouvido o homem gritar repetidamente: "Por que você a trouxe?", no dia seguinte ao desaparecimento.
A mesma vizinha descobriu depois que o homem em questão era casado com a mulher que costumava frequentar um café próximo ao Ocean Club. Foi ele quem acabou sendo denunciado pela própria irmã à polícia.
Outro relato policial apontou que uma mulher e uma criança foram vistas dentro de um carro idêntico ao que a suspeita alemã usava na época, nas proximidades do horário em que Madeleine desapareceu. A polícia levantou a hipótese de que a menina poderia ter sido atropelada, e a mulher entrou em pânico.
O Correio da Manhã ainda relatou que o britânico sempre se recusou a contar à irmã se havia envolvimento dele na morte de Madeleine — o que a motivou a procurar as autoridades.
Segundo a publicação, a polícia portuguesa teria sido repreendida pelas autoridades alemãs por insistirem em investigar mais a fundo a possibilidade de a mulher mencionada ter voltado embriagada para casa com o corpo da menina e contado com a ajuda do marido para ocultá-lo no mar.
Na última quinta-feira, 5, uma força-tarefa encerrou mais uma fase de buscas por restos mortais de Madeleine McCann, após três dias de trabalho em áreas abandonadas no Algarve, sul de Portugal.
