Além de Evo Morales, muitos presidentes já renunciaram após crises institucionais. Conheça 5 deles!
Diante de pressões vindas das Forças Armadas e de protestos populares, o recém-reeleito presidente da Bolívia, Evo Morales, renunciou à presidência após 13 anos de governo, e ruma em direção ao exílio na Argentina. A renúncia é um artifício legal que permite que um político abra mão do cargo que assumiu, por inúmeros motivos. Conheça 5 presidentes do Brasil e do mundo que renunciaram.
Deodoro foi o primeiro presidente do Brasil, assumindo após o Golpe que instaurou o regime republicano. Seu governo foi marcado pelo autoritarismo e pelo pioneirismo no desenvolvimento das instituições de governo, mas após um primeiro mandato provisório e parte de um mandato concedido por eleição parlamentar, o militar renunciou ao cargo, devido ingerências causadas pela crise econômica e pelas diversas revoltas que ocorriam no país, com ênfase na Revolta da Armada. Assumiu o vice, Floriano Peixoto.
Um dos mais caricatos políticos de nossa história, Jânio foi eleito numa conturbada eleição em que fez campanha para o vice de seu opositor, Jango. Seu governo foi uma confusão, repleto de decisões arbitrárias e desencontros ministeriais (pois Jânio gostava de governar por bilhetinhos).
Em agosto de 1961, quando o vice estava em viagem diplomática na China, o presidente renunciou, causando grande escarcéu. Por muito tempo, foi uma dúvida o porquê de Jânio ter renunciado, mas hoje se sabe que foi uma tentativa de Golpe, em que a população e as Forças Armadas não permitiriam que Jango assumisse e abrissem espaço para Jânio retornar com mais poderes.
3. Richard Nixon
Em 1974, o primeiro presidente da História dos EUA renuncia ao cargo. É o caso de Nixon, membro do Partido Republicano e responsável por diversas políticas reacionárias de governo. Nos anos 1970, se envolveu com um caso de espionagem e corrupção conhecido como Escândalo Watergate, que, resumidamente, foi uma série de violações de direitos à privacidade com a instalação de escutas e câmeras no escritório do Partido Democrata durante as eleições.
Quando o caso vazou para a mídia, delatado pelo famoso Garganta Profunda, o mandato de Nixon se tornou insustentável, forçando a renúncia e a transição da presidência para Gerald Ford.
4. Raúl Cubas
No final dos anos 1990, o Paraguai entrou numa profunda crise institucional. Não somente o vice-presidente Luís Maria Argaña foi assassinado como a Suprema Corte declarou um mandato de prisão contra o general Lino Oviedo, que era o padrinho político do então presidente Cubas.
Quando o presidente se recusou a prender o general, foi declarada ruptura constitucional e se pressionou o Congresso a abrir um processo de impedimento do mandato de Cubas, forçando-o a renunciar antes que o processo encerrasse e retirasse seus direitos políticos.
5. Jacob Zuma
Após algum tempo realizando um importante mandato na África do Sul, aproximando o país de instituições e associações de países emergentes pelo mundo, Jacob Zuma começou a receber diversas acusações de corrupção e facilitação de grupos aliados em concessões públicas. Devido às acusações, Zuma corria risco de perder o mandato, então o país entrou numa acirrada crise política.
Diante desse cenário, o partido do presidente, Congresso Nacional Africano (CNA) optou por retirá-lo do comando, elegendo Cyril Ramaphosa, vice-presidente do país, como presidente do partido, pressionando Zuma a renunciar. Em 2018, contra a própria vontade, seguiu as diretrizes do CNA e renunciou.
Saiba mais sobre essas figuras pelos livros abaixo:
1. Nixon E Kissinger. Parceiros No Poder, de Robert Dallek - https://amzn.to/36PaBFz
2. Jânio Quadros. O Estadista, de Nelson Valente - https://amzn.to/2p6DWKF
3. Everything I Learned From Being President, de Jacob Zuma - https://amzn.to/2K9vMZn
4. A Bolivia De Evo Morales, de Barbosa Filho Antonio - https://amzn.to/2Q9jTWX
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