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Notícias / Arqueologia

Menino de 8 anos descobre possível naufrágio de 1856, no Canadá

Lucas Atchison encontrou peça de aço que levou à identificação de uma antiga embarcação submersa no Lago Huron, no Canadá; saiba mais!

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 15/05/2025, às 14h30

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Lucas Atchison descobriu possível naufrágio do século 19 no Canadá - Reprodução/CBC News/Andrea Bellemare
Lucas Atchison descobriu possível naufrágio do século 19 no Canadá - Reprodução/CBC News/Andrea Bellemare

Durante uma visita em família ao Parque Provincial Point Farms, no Canadá, em 2023, o jovem Lucas Atchison, então com apenas 8 anos, fez uma descoberta surpreendente: uma ponta de aço enferrujada escondida na areia da praia do Lago Huron.

O que parecia ser apenas um objeto curioso acabou revelando um possível naufrágio histórico e, dois anos depois, Lucas, agora com 10 anos, acompanha de perto as escavações arqueológicas que ele mesmo ajudou a iniciar.

Com o apoio de seu pai, Jason Atchison, e um detector de metais amador, a dupla escavou o local e encontrou espigões presos a um grande pedaço de madeira. Suspeitando se tratar dos restos de um navio, eles notificaram imediatamente as autoridades do parque e o Comitê de Patrimônio Marinho de Ontário (OMHC).

Análises

Agora, com as permissões oficiais finalmente em mãos, uma equipe de arqueólogos liderada por Scarlett Janusas iniciou a escavação da área. As primeiras análises indicam que a embarcação possui características robustas, possivelmente de uma escuna (um tipo de veleiro de madeira com dois mastros).

Segundo a 'Revista Galileu', o historiador marinho Patrick Folkes considera que o naufrágio pode ser do cargueiro St. Anthony, que desapareceu em outubro de 1856 durante uma viagem de Chicago a Nova York, tendo encalhado cerca de 6 quilômetros ao norte de Goderich, região próxima ao local da descoberta.

Nos próximos meses, os pesquisadores irão produzir desenhos técnicos dos destroços, vistas de cima e de perfil, fundamentais para confirmar a identidade da embarcação. Segundo Folkes, detalhes como o espaçamento dos espigões podem indicar a época e até o nome do navio, já que havia exigências específicas de construção impostas por companhias de seguro no século 19.

Curiosamente, após a documentação, a embarcação será reenterrada como medida de preservação. "Criamos um ambiente anaeróbico, sem oxigênio, para evitar que organismos decomponham a estrutura", explica Janusas. "Assim, podemos manter o navio intacto por pelo menos mais 50 anos".

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