Após a morte da brasileira Juliana Marins em trilha de vulcão na Indonésia, Agência Nacional de Busca e Resgate é amplamente criticada por ação lenta
Publicado em 25/06/2025, às 09h26
Nesta semana, uma notícia que chocou o Brasil foi a morte da brasileira Juliana Marins, que passou 4 dias aguardando resgate após cair em uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão da Indonésia. O acidente foi registrado na sexta-feira, 20, mas devido à demora no resgate, ela acabou não resistindo.
Entre os motivos alegados pelas autoridades para justificar a dificuldade no resgate, estão a própria dificuldade de acesso ao local, além de condições meteorológicas adversas, com muita neblina e baixa visibilidade, e falhas em equipamentos.
"Juliana caiu a 300 metros e estava viva! Vocês a deixaram por 4 dias sem socorro! Esperaram fumando e sentados, como vimos em diversos vídeos enquanto ela morria!", comentou uma brasileira em um perfil de autoridades indonésias.
"Quatro dias! Uma negligência absurda por parte das autoridades da Indonésia. O Brasil tem muitos problemas, mas jamais veríamos esse nível de descaso com uma vida humana. Aqui, uma operação de resgate teria começado no mesmo dia. É inadmissível que em pleno 2025, com toda a tecnologia e informação disponível, a resposta de um país com tanto turismo internacional seja tão lenta, fria e desumana", pontuou outra.
Agora, a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) vem compartilhando em seu perfil oficial no Instagram algumas cenas da operação para tentar içar o corpo de Juliana. E em um dos stories, estava a legenda: "Fazer trilha até o Monte Rinjani é um esporte de turismo extremo. Tenha respeito e conheça seus limites. Quando acontecer um acidente, não culpe os socorristas sem entender o que eles passam".
Esta, vale mencionar, não foi uma publicação original do Basarnas, mas sim uma repostagem de outro montanhista, segundo o g1. Fato é que, de qualquer forma, a publicação foi feita em referência ao grande número de comentários e críticas que brasileiros vêm deixando nos perfis de órgãos e autoridades indonésias sobre o resgate malsucedido.
A operação para resgatar o corpo de Juliana começou por volta do meio-dia desta quarta-feira, 25 (no horário local, que seria o início da madrugada em Brasília), com três equipes de resgate participando da ação. Após longas sete horas de operação, o corpo finalmente foi retirado com sucesso do desfiladeiro.
O governo da Indonésia informou que um socorrista voluntário, Hafiz Hasadi, conseguiu chegar a uma profundidade de 600 metros do desfiladeiro, encontrando a brasileira sem sinal de vida. O resgate começou ainda pela manhã, devido ao clima desfavorável e à visibilidade ainda muito limitada no local.
Agora, o corpo de Juliana será levado ao posto de Sembalun em uma maca, e depois levado em uma aeronave até o hospital Bayangkara.