Casado com Lady Jane Fellowes, irmã mais velha de Diana, Lord Robert era tio por afinidade dos filhos da princesa de Gales
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 23/05/2025, às 15h45
Lord Robert Fellowes, ex-secretário pessoal da Rainha Elizabeth II e cunhado da princesa Diana, faleceu em julho de 2024. Figura central nos bastidores da monarquia britânica por décadas, sua morte reacendeu o interesse público não apenas por sua trajetória, mas também por um detalhe revelado após sua partida: os príncipes William e Harry, com quem mantinha uma relação próxima, não foram contemplados em seu testamento.
Casado com Lady Jane Fellowes, irmã mais velha de Diana, Lord Robert era tio por afinidade dos filhos da princesa de Gales. Apesar da forte ligação familiar e da convivência próxima com os dois príncipes, sua herança — estimada em mais de 1,5 milhão de libras (cerca de 11,3 milhões de reais) — foi deixada majoritariamente para sua esposa, com doações menores destinadas a amigos próximos e instituições escolhidas por ele.
A decisão de não incluir William e Harry entre os beneficiários gerou curiosidade e especulação, especialmente devido à sua longa associação com a família real. No entanto, pessoas próximas ao casal apontam que a escolha reflete uma lógica de herança mais íntima e direta, priorizando o círculo conjugal e laços de longa data fora da esfera pública.
Lord Fellowes teve papel crucial na monarquia britânica. Discreto e eficiente, esteve à frente do gabinete particular da rainha durante um período marcado por profundas transformações institucionais e midiáticas.
Era considerado um dos homens de maior confiança de Elizabeth II, sendo muitas vezes responsável por articulações delicadas nos bastidores do Palácio de Buckingham.
Sua trajetória também foi marcada pelo equilíbrio entre o dever público e os vínculos pessoais. Como cunhado da princesa Diana, acompanhou de perto não apenas o drama da vida da "princesa do povo", mas também o crescimento dos sobrinhosWilliam e Harry. Apesar da ausência no testamento, a relação entre eles sempre foi descrita como cordial e afetuosa.
A escolha de Lord Fellowes em vida — e após a morte — lança luz sobre a complexidade das relações dentro da realeza britânica. Em um universo onde tradição, protocolos e sentimentos se entrelaçam, nem sempre os laços de sangue definem os caminhos do afeto — e muito menos da herança.
